Até ir ver o espetáculo, não tinha certeza se sabia o que era esse tal Lord of the Dance e Michael Flatley, seu criador. Claro que em algum momento já tinha ouvido alguma coisa a respeito mas estava tudo perdido em algum lugar na memória.
Para quem gosta de dança é imperdível.
A companhia foi criada pelo coreógrafo e bailarino Michael Flatley em 1995 e baseia seus espetáculos no folclore Irlandês. A combinação da música celta e o sapateado são absolutamente envolventes.
Lord of the Dance trouxe a trupe para se apresentar em Wilmington, DE. Mais precisamente no DuPont Theatre. Com um belíssimo figurino, se desdobra um duelo entre o bem e o mal com uma pitada de romance. Pano de fundo fácil para apresentar um espetáculo de sincronia, agilidade e leveza.
Uma experiência para lá de interessante para quem trabalhou na empresa e vive na cidade que nasceu por conta da fábrica de pólvora do Sr E.I.(Eleuthère Irénée du Pont), como é conhecido o fundador da DuPont.
Dentro do Hotel DuPont, o mais luxuoso da cidade, o teatro, inaugurado em 1913, tem estilo Vitoriano e foi a realização do sonho de três homens – J.J. Raskob, Pierre S. du Pont, and R.R.M. Carpenter – de trazer as principais produções de Nova York para a cidade.
E assim o fizeram. O DuPont Theatre se tornou um dos maiores teatros da época e trouxe diversas peças importantes e recebeu atores como Audrey Hepburn, Bette Davis, George C. Scott, Ginger Rogers, Henry Fonda, Ingrid Bergman, Robert Redford, Victor Borge, Walter Matthau no seu palco.
Aproveitamos e jantamos no famoso Green Room – restaurante do hotel. Por ficar próximo ao que eles chamam de Art District, o restaurante de cozinha francesa oferece, além do cardápio à la carte, nos dias que a casa recebe algum espetáculo, também há um “prix fixe theather menu“.
Comida maravilhosa. Escolhi uma salada com queijo de cabra e um vinagrete de morango. Estava ótimo. Mas como sou fã das folhinhas, não conta muito. Por outro lado, como não sou fã de carne, podem acreditar que o filé mignon com purê de batatas e molho de cogumelos estava divino. Claro que a sobremesa não poderia deixar a desejar e era uma seleção de três pequenas porções de torta de maracujá com chocolate, sorvete de chocolate e mousse de chocolate com framboesas.
Detalhes culturais
Média de idade dos espectadores do show: 64.7 anos – isso porque tinham cinco crianças entre sete e doze anos
Dress code: apesar de saber que o ambiente – e a sociedade aqui – pede algo formal para a ocasião, tinha um desavisado de jeans, paletó e tênis e diversos senhorzinhos de gravata borboleta. Impagável.
Divisões de tarefas: na fila para entrar no restaurante – nossa reserva era as 6:30pm – a recepcionista foi acompanhar um grupo que chegou e ,neste meio tempo, a outra pessoa que estava na porta, tentando ser simpática, solta a peróla que ela não pode atender os demais porque não é a função dela. Ela apenas guarda os casacos e “que bom que está esquentando e as pessoas não estão mais usando tanto casacos”.
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