Não é exclusividade do Brasil ter problemas no sistema de saúde. Nos EUA, há uma eterna discussão sobre o tema. Mas fato é que, mesmo com plano de saúde particular aqui, há diferenças muito grandes no que tange a cultura das pessoas. E isso é o mais interessante e o que me interessa.
Primeira coisa a se fazer nos Estados Unidos é buscar um pediatra – para quem tem filhos – e um “médico de família” (clínico geral). Sem essas figuras, você estará encrencado. Não tem essa de passar no pronto socorro para fazer inalação ou ir no ortopedista porque está com dor nas costas. Primeiro, você passa no seu médico e se ele achar necessário te encaminha para um especialista. Inclusive, muitos desses médicos não atendem pacientes novos sem uma recomendação.
O Sistema de Saúde Americano:
Basicamente, o sistema público de saúde consiste no Medicare, destinado a cobrir as despesas médicas das pessoas acima de 65 anos ou com alguma deficiência, e o Medicaid, que dá suporte às famílias de baixa renda. O problema é que 46 milhões de americanos não se encaixam em nenhuma dessas duas categorias e, claro, nem todos tem plano de saúde privado.
Outro desafio é que, a maioria das pessoas que têm um plano de saúde particular, é por conta da empresa que trabalha. Não só a recente crise econômica ameaçou a estabilidade destas pessoas mas, a legislação trabalhista por si só, não inibe demissões daqueles que necessitam algum tratamento ou acompanhamento específico, como pessoas com câncer e grávidas. Além disso, os planos estabelecem um máximo de gasto anual e só passa a reembolsar após o usuário ter gasto um valor pré-estabelecido (como a franquia de um seguro).
Com esse pano de fundo resolvi escrever sobre nossas incursões aos consultórios e hospitais daqui, porque realmente é cheio de detalhes que um estrangeiro vai demorar para dominar e um brasileiro, provavelmente, vai passar a vida toda sem se acostumar.
Aguarde!
Image: FOX Broadcasting Company
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