Pela quantidade de brasileiros que passeavam por Orlando, imagino que “Disney para adultos” deve ser a coisa mais banal que existe. Mas – acredite! – foi a primeira vez que fui e por um único bom motivo. Não, não foi pelas crianças… Fomos encontrar queridos amigos e o que importava era te-los por perto.
A programação foi feita para não sobrecarregar os pequenos, em especial, os meus. E assim, passamos 15 dias juntos, entre parques da Disney, da Universal Studios e Sea World. Para as crianças, foi ótimo. Porque priorizamos os brinquedos e respeitamos os horários delas, sem aquela ansiedade de querer fazer tudo. Mas, claro, 15 dias são 15 dias, e no final já começa a cansar.
Para mim, a experiência foi para lá de interessante – sem contar a alegria da companhia e de ver as crianças encantadas com os personagens. Independente do parque, seja da Disney, Universal ou Sea World, desde a entrada até os atendentes dos restaurantes, todos sabem o papel que desempenham. Muito simpáticos e solícitos, fazem de tudo para que sua estadia no parque seja incrível. Devido a alta demanda, também era fácil achar alguém do staff que falasse português.
Você quase não percebe, mas o sucesso dessa experiência de consumo está justamente nos detalhes, naquilo que, de fato, não deve aparecer. Ambientacão de cada área do parque – desde os brinquedos, lojas, restaurantes e, por que não, os banheiros. Sinalização, organização das paradas e transportes para os parques que têm e limpeza.
Tivemos a chance – propositadamente – de repetir alguns parques e brinquedos. E dentre os favoritos da minha turminha estava o show do Rei Leão no Animal Kingdom. Comparando as duas apresentações fica ainda mais claro como tudo é feito de uma maneira que sempre tem um plano B, tão impecável quanto o plano A. Na primeira vez que fomos, um dos “macacos” acrobata escorregou e não conseguiu terminar um movimento. Com isso, a apresentação foi completamente diferente. Assim como na segunda apresentação, tinha um personagem a mais, o qual não fez a menor falta na apresentação anterior.
Outra experiência fantástica é o almoço com as princesas no castelo da Cinderela. Apesar de achar todas princesas enjoadas – e as moçoilas no papel só corroboraram – a recepção foi excelente. Sem o comprovante, que ficou no hotel (!), nossa reserva foi localizada sem questionamento, a Cinderela nos esperava no lobby do castelo para uma foto e já assinou o livro de autógrafos. Chegando no primeiro andar, sentamos em uma mesa e logo escolhemos entre 4 opções de pratos que incluíam entrada, prato principal e sobremesa. Durante o almoço recebemos a Branca de Neve, a Aurora, a Ariel e a Bela para fotos e autógrafos. Surpreendentemente, o almoço estava excelente.
São detalhes como esses, que possivelmente as pessoas não conseguem perceber, mas que tornam mágica essa experiência.
O LADO B da experiência
Claro que nem tudo são flores e perfeição no reino da fantasia… A comida (lá vou eu!) é péssima. Um dia, vá lá. Mas 15 dias passando a nuggets com batata frita não dá. Falta opção tanto para as crianças quanto para os adultos. Esse é o ponto mais negativo da experiência seguido, infelizmente, pelas princesas no almoço.
Muito artificiais e, literalmente, “checking the box” a cada mesa, me chamou atenção porque tinham zero interação espontânea com as meninas de um modo geral. E não tinha a ver com a língua porque a Lele se vira super bem em inglês e mesmo nas outras mesas, com meninas americanas, chegavam, sorriam, assinavam o caderno e tiravam a foto. Às vezes, não falavam nem uma palavra.
De qualquer jeito, tudo é contornável e a experiência de consumo ainda é positiva. Afinal, sonhar faz um bem…
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