Já que não há carnaval nas terras do Tio Sam, a data comercial forte após o Natal é o tal do Valentine’s Day.
Uma onda vermelha e rosa de flores e corações invadem as lojas assim que o bom velhinho passa. Comemorado na maior parte dos países dia 14 de fevereiro é dia de São Valentino. Mais do que dia dos amantes (no bom sentido), é o dia que se dá presente para amigos, professores, familiares. Qualquer um por quem
se tenha um carinho especial. Enfim, quanto mais melhor comercialmente falando.
O problema – além do gosto duvidoso dos itens vendidos – é que tudo tem coração e a palavra “love”. Até aí, ok. Mas quando as crianças tem que dar presentes e cartões para os colegas e professores na escola, já começa a me incomodar.
Durante todo ano, não se pode ter nenhuma demonstração de afeto, nem beijo nem abraço. Mas aí, você tem que entregar um cartão cheio de corações dizendo que ama a pessoinha ao lado. Isso só fica pior quando penso no Antonio. Pouquíssimas coisas falam de amizade e, pensando no universo infantil, ou são as princesas ou são os heróis sem nenhuma mensão à data.
E assim, no fim do dia, chegam as sacolinhas com os “valentines”. Num total de 20 cartões em média, a criança ganha também 1,7 kg de açúcar na forma de balas, marshmallow, chicletes e chocolate. Todos os amiguinhos amam meus filhos mas nenhum dos pais convida para brincar junto. Todos os amiguinhos amam meus filhos mas não podem ser abraçados.
Afinal, passado o Valentine’s Day, o que era vermelho ficou verde. E segue para o St Patrick’s Day…
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