Que eu sou essencialmente urbana não é segredo. O segredo é sobreviver num lugar que não se anda a pé, não tem ônibus, muito menos metrô.
Acho o metrô umas das melhores coisas para uma cidade. Ele liga os principais pontos e quem usa, pode aproveitar o tempo da viagem. Seja lendo, seja observando, seja dormindo, seja conhecendo gente.
O espaço aproveitado para exposições e apresentações é uma oportunidade de tropeçar em cultura. Tive a sorte de fazer um percurso durante anos que a curta linha de metrô de São Paulo atendia. Uma pena que depois de um certo tempo já não me atendia mais.
A última vez que usei no Brasil, fui levar a Lele no poupa-tempo para tirar o RG, antes de vir morar aqui. Me lembro que tinha um senhor de terno, lendo a bíblia em voz alta. A Helena, que tinha por volta de dois anos, olhava para aquela pessoa sem muito entender mas por muito tempo falava do “passeio”. Agora a lembrança dela é do confuso metrô de Nova York e a liberdade de poder ir de um lado para o outro sem ficar presa na cadeirinha do carro.
Uma grande cidade não pode deixar de conectar-se. O futuro passa por essa rede também.
Post Conectando a Cidade para o Curadoria Educativa.
Discussão
Nenhum comentário ainda.