Depois do almoço no International Women’s Club em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, virei membro e me candidatei ao posto de Editora do Newsletter do grupo. Queria estar com gente, praticar o inglês mas o que mais me motivou foi poder fazer algo ligado a minha área.
Descobri uma infinidade de eventos organizados pelo grupo: almoços, passeios, festas, clube do livro… Tem para todo gosto. Devo confessar que as mulheres que estão mais engajadas, são mais velhas, mas ainda assim, dá para aproveitar muito. Além disso, é super bacana ouvir todas histórias que elas tem para contar.
O útilmo evento que fui, era um almoço dedicado a comida do sudoeste americano, o que elas chamam de Nationality Lunch. Esses eventos, em geral, são feitos na casa de um dos membros e as mulheres daquela nacionalidade – no caso, da região – fazem os pratos típicos.
Como já falei muito sobre comida por aqui, é previsível imaginar que para meu paladar tive várias ressalvas. Mas algumas coisas estavam muito boas.
A comida da região sudoeste dos Estados Unidos (basicamente as terras que eram do México) é, sem dúvida, forte e bem temperada, com a influência dos povos que habitaram a região como americanos nativos (como é politicamente correto chamar os índios), espanhóis e mexicanos.
Quando os espanhóis chegaram, no século 16, alimentos como milho, pimenta, feijão, abacate e tomate eram cultivados pelos Astecas na região. Um pouco mais ao norte, estavam as tribos Hopi, Navajo, Pueblo e Pima, que focavam no milho, feijão e abóbora. Os espanhóis introduziram as carnes, queijos, arroz e a banha. Mesmo em meio a paisagem desértica, a região tem as Rocky Mountains. Com isso, assados, guisados, peixes e refeições de “um só prato” refletiam a alimentação da população que ali vivia como os garimpeiros, exploradores e agropecuaristas (os ranchers).
A cozinha desta região usa muito os chilli pepers (pimenta), nozes, pecan, sementes de abóbora, cítricos, feijão, milho, frutas, inclusive secas e, claro, tequila. Ainda se pode dividir a culinária em grupos mais específicos como Tex-Mex (Texas e México), Sonoran-style, Cal-Mex (California e México) e New Mexican-style.
Vamos ao que interessa, o menu:
– Como entrada tinha camarão grelhado e margaritas (uau! sem comentários). O tempero aqui fazia a diferença. Bem pouco apimentado e com coentro, que eu adoro.
– Sopa de abóbora com sour cream e canela. O favorito. No cardápio, o nome correto para a sopa é Pumpkin Soup with Cinnamon Crème Fraiche, que tem uma variação mexicana muito parecido com o sour cream.
– Salada absolutamente apimentada porque era de folhas (New Mexico chopped salad) com jalapeño e filé grelhado.
– Como prato principal tinha: Lombo recheado com molho de pêssego e jalapeño, enchillada de frango e tomate, arroz com feijão preto (tudo misturado com queijo derretido, não ficou bom nem o gosto muito menos a aparência) e abobrinha refogada.
– Finalmente, a sobremesa: Santa Fe cookies (ok) e Strawberry Magarita Cheesecake bite (divino!)
Companhia ótima, experiência incrível, comida… não importa. Valeu!
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