Uma querida amiga sempre falava o quão carente brasileiro fica morando no exterior em meio aos efusivos abraços trocados a cada encontro que tínhamos. Compreensível. Longe de familiares, amigos, sem o calor das relações diárias.
Afinal, aqui, do lado de baixo do Equador, todo mundo é amigo, quebra aquele galho, sempre tão informal e à vontade. Não sei se foi a falta de costume pelo tempo passado fora, esse “calor” todo não me soava mais tão natural quanto era antes.
Comentando com outra amiga ela me confirmou que não tinha jeito das pessoas levarem ela a sério. Se apresentava como Maria Paula e vinha lá o pintor, encanador, pedreiro, seja lá quem fosse, chama-la de Dona Paulinha. Sem contar que educadora não é professora, é tia e conhecido é tio.
E tudo isso me passou em um segundo pela cabeça quando sento para uma reunião com um – até então desconhecido – e ele manda: Então, Fabi… Oi? Mas o melhor vem a tarde, no pediatra: Bom, Fabizinha, nós vamos fazer o seguinte…
Essa tal de intimidade… um pouco demais, não?
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